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Cactos e a sua importância para o semiárido nordestino: propriedades medicinais

  • Washington
  • 27 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de nov. de 2018


Ayslane Barros, Beatriz Xavier, Emanuela Rodrigues, Kiane Belfort, Ana Karolynne, Maria da Silva Santana, Micaella Terezinha


Universidade de Pernambuco Campus Petrolina, Rodovia BR 203, KM2, S/N, Vila Eduardo, Petrolina-PE, Brasil.


Os cactos são, dentre tantas espécies que há na Caatinga, os mais abundantes. Eles trazem consigo um conjunto de benefícios, tais como econômicos, ecológicos, por meio da manutenção do próprio bioma da Caatinga, e terapêuticos, em destaque funções terapêuticas presentes nas espécies Cereus jamacaru e Tacinga inamoema. São adaptados ao clima quente e seco do Nordeste, e possuem células especializadas em armazenar água, facilitando a sua sobrevivência na ausência de chuvas (DETTKE et al., 2008). Possuem diversificada riqueza de nutrientes, minerais e vitaminas, sendo estes presentes nas suas raízes, caule, flores, frutos, polpa e interior.


Cereus jamacaru, nome científico, é popularmente conhecido como mandacaru, facheiro ou mandacaru-de-boi. A casca do fruto do Cereus jamacaru é rica em cálcio, magnésio e fósforo (LIMA, 2016). Pertence à família das Cactaceae, com 125 gêneros e 2.000 espécies. O mandacaru tem destaque como planta medicinal para auxílio da cura de doenças, prática esta usada tempos antes do desenvolvimento da ciência. É utilizada praticamente toda a sua estrutura, posto que no cladódio é feita a extração e infusão, a fim de obter princípios medicamentosos para serem aplicados como ferramentas que auxiliam nos tratamentos de distúrbios renais, digestivos, respiratórios e hepáticos. Desde a polpa até a casca do fruto, o mandacaru tem fins terapêuticos.


A Tacinga inamoena, conhecida como Palma, cresce de modo arbustivo e rastejante, sendo muito ramificada e atingindo um tamanho de até 50 cm de altura e 3,5 metros de diâmetro. Também faz parte da família Cactaceae, e é uma grande fonte de vitamina C, possuindo altos teores de fósforo, magnésio, potássio e cálcio (LIMA, 2016). Tais compostos são essenciais à saúde humana, pois contribuem para um crescimento saudável, fornecem uma regulação neuromuscular, colaboram na digestão e também aliviam dores musculares. Sendo assim, a Palma possui significantes valores de compostos fenólicos e betalaínas, atuando com ação antioxidante e energética. Além de todos esses benefícios, a Palma também contribui com a alimentação animal em períodos de extrema seca.


As espécies citadas são altamente benéficas e é válido ressaltar quais partes delas devem ser utilizadas para tratar determinada doença, seja por meio de infusão (chás), in natura (no caso do fruto, ingerido naturalmente) ou através de polpas ou frutos. Sobre o Mandacaru, segundo Alves; Bezerra; Pereira (ano não identificado), o caule pode ser utilizado por meio de infusão, prevenindo a constipação, enjoos e hipertensão; as flores podem ser utilizadas in nature ou por cozimento; já as raízes, (por meio de chás) podem tratar cálculos renais e infecções na bexiga. Sobre a Palma, a mesma é de origem mexicana e pode ser usada na produção de forragem, frutas secas e processadas, sendo destacadas as suas propriedades medicinais, tratando eficazmente a diabetes, a obesidade e a gastrite. Ao ingerir aproximadamente 2 frutos, um adulto pode obter a dose diária necessária de Vitamina C, que equivale a 45 mg (LIMA, 2016 apud BRASIL, 2005).


As espécies cactáceas, utilizadas como plantas medicinais e alimento para animais, são de grande relevância social, cultural e medicinal, pois apresentam propriedades vitamínicas e antioxidantes, que ajudam no tratamento de problemas de saúde.



Referências


DETTKE, G. A. et al. Anatomia caulinar de espécies epífitas de Cactaceae, subfamília Cactoideae. Hoehnea, v. 35, n. 1, p. 583-595, 2008.


LIMA, A. C. Estudo Taxonômico de CactaceaeJuss. no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. 2012. 65 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)-Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.


LIMA, J. L. S. Plantas forrageiras das caatingas: usos e potencialidades. Petrolina: EMBRAPA-CPATSA/PNE/RBG-KEW, 1996. 40 p.


SCHEINVAR, L. Cactaceae. In: Reitz, R. (org.) Flora Iustrada Catarinense, Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí. 1985.

 
 
 

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